16 de abril de 2014

Na multidão de corações fantasiados

"- Acho que nunca serei capaz de entender seu ciúme doentio – falei sem medir as palavras.
- É tudo amor, só amor. E eu preciso dele para me curar – Lucas retrucou com a voz embargada.
- Amor nem sempre é sinônimo de cura. E amor quando não cura, corrói."

9 de abril de 2014

É hora de voar

"- Pra onde, senhor?
Queria responder “para um lugar onde eu não preciso responder a nenhuma das respostas que a vida está me fazendo a alguns meses”, mas, provavelmente, o taxista me olharia com uma cara desconfiada.
- Orla da Barra. Qualquer lugar que dê para tocar o mar e respirar."

7 de abril de 2014

Um nó, um laço

"- Pensando em quê? – perguntei.
- Nada não – respondeu evasivo.
- Tem certeza de que não quer falar?
- Não. Apenas não sei se devo – Vicente desprendeu-se de mim e me jogou de lado. Olhava pra mim aflito.
- Fale, uai. Independente do que seja, vai ficar segurando isso pra quê? 
- Quer ser meu namorado? – falou decido. Nos olhos, o olhar vivo do capoeirista do farol."