“Pedro: Mateus, dá notícias quando chegar. (01:10)
Pedro: E aí, chegou? (06:00)
Mateus: Cheguei sim. Foi tudo bem. Vou descansar e aproveitar Dona Maria aqui. Beijo. (07:00)
Pedro: Não esquece de mandar notícias. Já estou com saudade de você. Não demora e fica bem. (07:01)”
"- Seus olhos parecem perdidos.
- Dizem que os olhos refletem a alma de alguém. Talvez seja só isso.
- Será que não é hora de começar a encontrar um caminho para ele?
- Talvez seja. Mas por que é tão difícil sair desse labirinto?"
"- Você não precisa ficar, eu cuido dele – falei enquanto Pedro mal se movia na poltrona.
- Eu vou ficar, já passei tempo demais fora da vida dele – respondeu.
- Mas você não tem nada a ver com essa história!
- Flávio, entenda, foi no meu apartamento onde Mateus buscou abrigo essa noite. Foi no meu braço que ele se apoiou no caminho até aqui. Eu quero ser esse abrigo e esse apoio que ele sempre procurou e nunca teve."
“Lucas Silveira: Não queria te machucar hoje. Nunca quis te machucar. Prefiro me ver quebrado a te ver sofrer. Nunca duvide do quanto eu te amo. Só não sei como viver tendo que te ver com outro. Se cuida. (04:32, pelo Facebook)”
Queria responder “para um lugar onde eu não preciso responder a nenhuma das respostas que a vida está me fazendo a alguns meses”, mas, provavelmente, o taxista me olharia com uma cara desconfiada.
- Orla da Barra. Qualquer lugar que dê para tocar o mar e respirar."
“Às vezes, quebramos promessas sem ao menos nos dar conta do quão importante elas são. Às vezes, apenas somos feitos de acertos e erros, desejos e moralismo. Acho que nunca consegui lidar tão bem como essas coisas de certo e errado.” (Escrito na primeira página de um dos meus cadernos de faculdade.)
"- Vai preparar o que pro jantar? – perguntou Vicente numa de suas inúmeras mensagens.
- Ahh... é pra ser surpresa, oras – menti. Já tinha tudo planejado.
- Não me venha com macarrão instantâneo, ok? – respondeu em tom de zombaria. Vicente já sabia que eu não era nenhum chefe de cozinha.
- Mesmo se eu preparar chá com bolachas você vai adorar. Deixa comigo."
"- Tô dividido, Flávio. – Mateus mantinha um olhar apreensivo enquanto falava.
- Calma, Mateus. Estar divido agora pode ser uma preparação para se manter inteiro logo em seguida, quando tudo se resolver – falei acarinhando suas mãos."
"- Mateus, existe um buraco de alguns dias entre você e eu. Precisamos conversar. Um beijo, Flavinho – fixei o bilhete na porta da geladeira antes de sair. Era o terceiro e a coleção só aumentava."
“- Onde será que estaremos daqui a seis anos? – perguntei.
- Casados. Você escrevendo suas histórias em livros famosos e eu no escritório mais procurado da cidade. Talvez em uma das nossas inúmeras viagens de lua-de-mel.
Parei alguns segundos olhando para o teto daquele quarto.
- Acho que estaremos eternamente em busca do amor.”
"- Cheguei bem, tô caindo de sono, mas não me arrependo da nossa noite. Até breve. Rafa. - acordei com essas palavras numa mensagem do Rafael às dez da manhã.
- Boa sorte na entrevista, mas não vá seduzir ninguém pra conseguir a vaga. Um beijo. - respondi em seguida, lembrando o quão sedutor ele sabia ser."
"- Ei, vai rolar festinha com os calouros do curso, ta afim de ir?
- Vai lá, cara, não to no clima de festa hoje não.
- Que bicho te mordeu, Mateus?
- Sei lá, acordei meio assim pra baixo hoje. Acho que é saudade de casa, família, sei lá. Vai lá e aproveita por nós dois.
- Não quer que eu fique aqui contigo?
- Não precisa, Flavinho, eu vou ficar bem. Vai lá e depois me conta como foi. Quero fotos comprometedoras, ok? - rimos.
- Tô indo. Qualquer coisa me liga. Um beijo."